Observe todas as cores que estão ao seu redor. Você só consegue fazer isso por causa da luz visível. Esse espectro é formado por partículas que chamamos de fótons e captado pelos cones e bastonetes, células presentes nos olhos.
Mesmo que a luz seja parte fundamental da vida, não sabemos tudo sobre ela. Ainda existem diversos debates sobre qual é a real natureza da luz, como ela se comporta e, em especial, como ela realmente nos afeta.
“Apenas recentemente começou-se a discutir os efeitos da luz visível na pele”, explica Dr. Luiz Romancini, médico pós-graduado em dermatologia. Por isso, ainda há muito a se descobrir sobre esse tema. Acompanhe o conteúdo que a Creamy preparou a seguir para entender mais.
Um pouco de ciência
Para começar a entender os efeitos da luz visível na pele, é importante saber o que ela é. Para ficar mais fácil, vamos pensar no espectro de luz, que são diferentes ondas eletromagnéticas divididas por intervalo de comprimento de onda:
- raios gama: a partir de 10-12 até 10-13 m (0,0001 nm)
- raios-x: a partir de 10-8 m a 10-12 (0,1 nm)
- raios ultravioleta: a partir 4 x 10-7 m até 10-8 m (400 a 200 nm)
- luz visível: entre 4 x 10-7 m até 7 x 10-7 m (400 a 700 nm)
- infravermelho: a partir de 7 x 10-7 m até 9 x 10-7 m (700 a 900 nm)
- micro-ondas: 1 m
- ondas de rádio: 10³ m
Podemos perceber que quanto menor o comprimento de onda, mais energéticas são as radiações, com maiores potenciais de danos para o nosso organismo. Dessas diferentes radiações, o Sol é responsável pela emissão do infravermelho, da luz visível e ultravioleta.
Se sua dúvida é se a luz ultravioleta é visível, enquanto percebemos o infravermelho através do calor do sol, não somos capazes de enxergar a radiação ultravioleta. Nossos olhos conseguem detectar uma faixa de 380 nm a 700 nm, portanto, a luz visível.
Enquanto a radiação UV já foi e continua sendo extensamente estudada, a luz visível está tendo seus efeitos descobertos apenas recentemente. Já se sabe que a luz visível pode induzir vermelhidão e hiperpigmentação da pele, além de estimular o aparecimento de radicais livres.
Porém, os estudos são bem recentes e prevemos que no futuro saberemos muito mais sobre os efeitos que a luz visível exerce em nossa pele.
A luz e a pele
Se você tem o costume de cuidar da pele, a radiação ultravioleta já é sua conhecida. Nossos produtos de proteção solar focam especialmente nela, visto que ela é realmente a que mais interage e modifica a pele. No entanto, ela representa apenas de 3% a 5% da energia solar que chega ao planeta.
“Os raios UVA e UVB ainda são mais danosos à nossa pele, apesar de a luz visível contabilizar 50% da radiação proveniente do sol, devido ao seu maior comprimento de onda,” completa Dr. Luiz. Aliás, essa não é toda a nossa exposição em relação à luz visível: luzes artificiais, como as que temos em casa, e telas de eletrônicos também a emitem (mas bem menos que o sol).
Dessa maneira, cientistas começaram a investigar se toda essa irradiação não causaria algum efeito sobre a pele, dada a abundância dela. Não só isso, passaram a pensar sobre como se proteger dela também.
Isso porque já sabemos que a radiação UV pode ser extremamente danosa. Entre as consequências nocivas que ela pode apresentar, estão queimaduras, descamação, vermelhidão e até problemas crônicos, como envelhecimento cutâneo precoce e câncer de pele.
A luz visível deve ser uma preocupação?
Se você está se perguntando se precisa buscar um protetor contra luz visível, não se preocupe. Todo esse tempo que você passou passando protetor solar não foi em vão, pois os raios UV devem ser o foco da sua proteção diária.
Além disso, alguns protetores solares usados no dia a dia podem nos proteger de maneira adequada da radiação visível. Os filtros físicos (ou inorgânicos) possuem barreiras físicas que refletem a luz visível e a luz azul do sol.
“Os protetores com cor certamente protegem da luz visível, devido à presença dos pigmentos na formulação”, adiciona o Dr. Luiz. “Por serem substâncias particuladas, oferecem proteção pelo mecanismo de reflexão da luz”.
Por isso, se você quer uma proteção completa, aposte nesses produtos. Alguns ingredientes úteis nessa proteção que você pode procurar são: óxido de zinco, dióxido de titânio e óxido de ferro.
Filtros químicos (ou orgânicos), por sua vez, não atuam bloqueando a luz visível tão bem. “Alguns ativos podem proteger dos danos causados pela luz azul, por meio de ação antioxidante e reparos ao DNA. Porém, não impedem a passagem da luz azul como os pigmentos e filtros minerais”, explica o médico.
Não se preocupe!
De qualquer forma, pouco se sabe sobre os reais efeitos desse tipo de luz sobre a pele. Pesquisas já comprovaram que existem modificações celulares que podem ser causadas por ele. No entanto, se você tem uma pele saudável, não é preciso se preocupar, pois ainda existem estudos em andamento.
Dessa maneira, até termos resultados mais concretos, não se aterrorize por conta da luz. A não ser que você tenha alguma predisposição a danos na pele por conta da radiação direta do sol, como melasma ou câncer de pele, os cuidados diários contra UVA e UVB já são suficientes.
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REFERÊNCIAS
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NETO, Orlando Chiarelli. Efeitos da Luz UVA e Visível em Células da Pele e no Cabelo. 2014.
FERNANDES, Lucas Jordan dos Santos. Avaliação do Conhecimento da População sobre o Efeito da Exposição da Pele à Luz Visível. 2021.
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Impact of visible light on skin health: The role of antioxidants and free radical quenchers in skin protection. 2022.
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