Categories: CIÊNCIA

O que é melanina? Conheça essa proteína essencial para a pele!

Tempo de leitura: 5 minutos

Se você se dedica a uma rotina de skincare, é importante saber o que é melanina e para que ela serve. Essa proteína tem um grande papel na pigmentação e na proteção da pele, mas há distúrbios que diminuem ou aumentam a produção dela no organismo. 

Por isso, ao lado do Dr. Luiz Romancini, médico pós-graduado em dermatologia, o blog da Creamy preparou o artigo a seguir. Continue a leitura para aprender o que é melanina na pele, quais são os tipos, quais são as condições cutâneas relacionadas a ela e muito mais!

Qual é a função da melanina na pele?

Para começar, o que é melanina? Ela é uma proteína produzida pela camada mais interna da epiderme, chamada de camada basal. Os responsáveis por essa produção são os melanócitos, células presentes nesta área da pele bem como nas retinas, onde também contribuem para a cor dos olhos.

Essa proteína ainda influencia na tonalidade dos cabelos. Quanto mais melanina produzimos nas células, mais escura será a região onde elas estão. No entanto, apesar de estar relacionada à pigmentação da pele, ela não se resume a isso. Os melanócitos também a distribuem para as demais células da pele. Em níveis adequados, ela ajuda na fotoproteção do corpo. 

“A substância fica dentro da célula, como uma capa, protegendo o DNA das alterações provocadas pela radiação ultravioleta”, explica o Dr. Luiz. “Isso ajuda a evitar o câncer de pele e alterações estéticas causadas pela fotoexposição, como manchas e flacidez”.

Tipos de melanina

Além de saber o que é melanina, é importante entender que, normalmente, todas as pessoas têm a mesma quantidade de melanócitos, mas existem variações na quantidade de proteína que eles produzem no corpo. No geral, existem dois tipos de melanina da pele: a eumelanina e a feomelanina.

Eumelanina

A eumelanina é responsável pela coloração escura na pele, no cabelo e nos olhos. Ela também é dividida em duas categorias, uma preta e outra marrom, e as diferentes proporções entre elas criam as variadas colorações que vemos.

“Pessoas com cabelos castanhos ou pretos têm quantidades variadas de eumelanina marrom e preta,” exemplifica o Dr. Luiz. “Quando não há eumelanina preta e uma pequena quantidade de eumelanina marrom, o resultado são cabelos loiros”.

Feomelanina

O segundo tipo de melanina na pele traz pigmentação aos lábios, aos mamilos e a outras partes rosadas do corpo. Uma curiosidade é que pessoas com quantidades iguais de feomelanina e eumelanina apresentam cabelos ruivos.

Quais são os distúrbios relacionados à melanina?

Agora que você já sabe o que é melanina e quais tipos ela apresenta, é importante entender que, por mais que seja benigna, ela pode ser afetada por algumas doenças. Essa proteína está ligada a diversos aspectos da saúde do corpo, como proteção contra raios UV e espécies reativas de oxigênio. Por isso, é preciso atentar-se aos sinais de distúrbios.

Vitiligo

O vitiligo é uma das mais conhecidas doenças relacionadas à melanina. Essa condição faz a pele perder a cor a partir de manchas despigmentadas que aparecem pelo corpo. Isso acontece por um erro de leitura do sistema imunológico, que ataca os melanócitos do organismo.

Albinismo

O albinismo é um distúrbio genético que acontece quando a pessoa tem pouca ou nenhuma melanina no organismo. Normalmente, ela apresenta uma pele extremamente despigmentada, cabelos brancos e olhos azuis. “Também aumenta o risco de perda de visão e danos causados pela exposição ao sol”, completa Dr. Luiz.

Melasma

O desequilíbrio na produção de melanina leva as pessoas a apresentarem manchas marrons ou cinzas-azuladas no rosto e/ou nos braços. A condição pode ter diversas causas, incluindo hormônios, exposição ao sol excessiva e desprotegida, ou pílulas anticoncepcionais.

Outros problemas relacionados

Além dessas condições cutâneas, a melanina na pele negra ou branca é protagonista de outros problemas. “Se sua pele ficar infectada, for queimada ou ter bolhas, seu corpo pode não substituir a melanina da área danificada”, diz o Dr. Luiz. Nesse caso, o local afetado fica permanentemente despigmentado. 

A proteína também está ligada a problemas de audição. “Como é encontrada na estria vascular do ouvido interno, a melanina tem sido associada à perda auditiva”, o especialista continua. “As pessoas com muito pouca melanina têm um risco maior de problemas auditivos”.

No caso da melanina alta, não há muito com o que se preocupar. Pessoas que produzem a proteína excessivamente costumam apresentar manchas na pele, chamadas de hiperpigmentações, que são completamente inofensivas (desde que esta seja a origem delas).

Cuidados com a melanina do seu corpo

Mesmo que seja uma peça-chave para a proteção da pele, a melanina não é suficiente para proteger o corpo contra os raios ultravioletas. Em casos de exposição solar intensa, as células podem ser danificadas permanentemente. 

Por isso, nunca deixe de passar o protetor solar e usar roupas apropriadas quando estiver ao ar livre. Não se esqueça de consultar um dermatologista para garantir que você está usando o FPS ideal para seu fototipo cutâneo e lembre-se de reaplicar o produto ao longo do dia.

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Gostou de aprender mais sobre o que é melanina? Então, continue navegando pelo blog da Creamy, onde há outros conteúdos que melhoram seu cuidado com a pele. Para ver as mudanças positivas na prática, conte com as fórmulas inteligentes disponíveis no catálogo do site!

REFERÊNCIAS

Bartels S, Ito S, Trune DR, et al. Noise-induced hearing loss: the effect of melanin in the stria vascularis. Hear Res. 2001 Apr;154(1-2):116-23.

Maddodi N, Jayanthy A, Setaluri V. Shining light on skin pigmentation: the darker and the brighter side of effects of UV radiation. Photochem Photobiol. 2012 Sep-Oct;88(5):1075-82.

Randhawa M, Seo I, Liebel F, et al. Visible Light Induces Melanogenesis in Human Skin through a Photoadaptive Response. PLoS One. 2015 Jun 29;10(6):e0130949.

Skin Cancer Foundation. Tanning & Your Skin. 

Young AR, Morgan KA, Ho TW, et al. Melanin has a Small Inhibitory Effect on Cutaneous Vitamin D Synthesis: A Comparison of Extreme Phenotypes. J Invest Dermatol. 2020 Jul;140(7):1418-1426.e1.

Creamy

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