Produto essencial em todas as rotinas de skincare, o protetor solar já faz parte do dia a dia de diversas pessoas. Ele preserva a pele contra os efeitos nocivos da radiação solar, como queimaduras, fotoenvelhecimento, doenças e muito mais. Contudo, você sabe como funciona o protetor solar?
Com tantos benefícios para a pele, talvez você já tenha se perguntado como funciona o protetor solar. Para responder a essa questão e esclarecer dúvidas sobre o assunto, desenvolvemos um guia exclusivo. Confira como o protetor solar protege nossa pele.
Aplicado de forma correta na pele, o protetor solar age como barreira química e física à radiação solar. Há três tipos de radiação capazes de entrar no planeta Terra: infravermelha, luz visível e ultravioleta. Apesar dos raios UV corresponderem a 8% da radiação solar, são também os mais danosos à nossa pele, por serem os mais energéticos.
Os raios UV são classificados em UVA, UVB e UVC, de acordo com sua frequência e comprimento de onda. Os raios UVA são os de comprimento de onda entre 320nm a 400nm, UVB corresponde ao intervalo de 280 a 320nm e UVC está dentro do intervalo de 100nm a 280nm.
Pelo menor comprimento de onda e maior frequência, a radiação UVC é a mais energética dentre as três, com efeitos muito nocivos ao nosso organismo. Felizmente, ela é em grande parte absorvida pela camada de ozônio. Por isso, a quantidade de radiação UVC que recebemos é muito pequena.
Já a radiação UVB, apesar de ser a segunda mais energética, penetra até a epiderme e é responsável por danos como queimaduras, vermelhidão, manchas causadas por exposição solar e até câncer de pele, através de danos ao DNA.
A radiação UVA tem menor frequência, sendo menos energética que a UVB, porém penetra mais profundamente na pele, atingindo a derme. É responsável principalmente pelo fotoenvelhecimento causado pelo aumento de radicais livres, devido à destruição das fibras de colágeno e elastina, que dão sustentação à nossa pele.
Há dois tipos de filtros solares utilizados em formulações dos protetores solares: orgânicos e inorgânicos. Ambos são eficientes em combater a ação dos raios solares sobre a pele, mas a diferença está na atuação: os filtros orgânicos (também comumente chamados de filtros químicos) são compostos que protegem nossa pele através do mecanismo de absorção.
Ou seja, o filtro orgânico recebe a radiação solar e converte esta energia em calor, diminuindo a interação da radiação solar com a pele. Podem ser específicos para proteção UVA, UVB ou ambas.
Já os filtros inorgânicos, ou filtros “físicos”, atuam por meio de absorção e de reflexão. No mecanismo de reflexão, a radiação solar sofre uma alteração de rota quando entra em contato com o filtro inorgânico, como se “desviasse” a radiação solar do contato com a pele.
Eles protegem tanto contra a radiação UVA quanto contra a radiação UVB. Os filtros inorgânicos (dióxido de titânio e óxido de zinco), são os maiores responsáveis pelo efeito branco causado pelos protetores solares, justamente por serem partículas sólidas, que não são solubilizadas na formulação.
A ideia de um protetor solar surgiu na Segunda Guerra Mundial, quando o farmacêutico americano Benjamin Greene criou uma substância para proteger soldados nos campos de batalha. Os ingredientes funcionavam como um bloqueio aos raios solares, sendo um grande avanço para o desenvolvimento do protetor solar como conhecemos.
Para saber como funciona o FPS do protetor solar, deve-se conhecer o fator de proteção solar (FPS). Ele é medido através da Dose Eritematosa Mínima entre a pele protegida e a pele não protegida.
A Dose Eritematosa Mínima, refere-se à menor dose de radiação necessária para aparecimento de eritema (vermelhidão) na pele. Em termos práticos, se a sua pele demora 15 minutos para apresentar vermelhidão, com um FPS 30 você demoraria 30 vezes mais tempo para apresentar a mesma resposta (no caso, 450 minutos).
No entanto, a Dose Eritematosa Mínima é uma média dos voluntários testados durante o estudo clínico, e cada pele apresenta reações diferentes à radiação solar. Por isso, tenha em mente os pontos mais importantes para usar protetor solar: utilizar produtos com alto FPS, reaplicar sempre, e aplicar a quantidade recomendada.
É indicada a reaplicação do protetor solar a cada duas horas, ou após cada mergulho na água ou após sudorese intensa. Caso você não trabalhe diretamente exposto ao sol, pode-se reaplicar o protetor assim que sair para o meio externo.
Então, como usar o protetor solar de forma correta? De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), é necessário aplicar, aproximadamente, uma colher de chá do produto para cada região a seguir:
O protetor solar pode trazer diversos benefícios a curto, médio e longo prazo se for utilizado de maneira correta. Agora que você já sabe como funciona o protetor solar, fique por dentro das vantagens de utilizar o produto diariamente na rotina de skincare.
Com o uso diário do protetor solar, temos proteção contra queimaduras causadas pela radiação UV, evitando eritema (vermelhidão) e até bolhas, dependendo do nível de exposição ao sol. Também podemos perceber uma maior hidratação e uma pele mais viçosa e saudável.
Hiperpigmentações faciais podem incomodar diversas pessoas. Quanto maior a frequência de uso do protetor solar, menor é o risco de desenvolvê-las, além de ficarem menos evidentes.
Com a amenização das hiperpigmentações na pele, podemos perceber uma pele com coloração mais uniforme e homogênea, com menor evidência de áreas escurecidas.
Por último, sabendo como o protetor solar funciona, podemos afirmar que o uso dele a longo prazo ajuda a preservar o colágeno e a elastina, proteínas responsáveis por manter a firmeza e a elasticidade da pele. Isso porque a radiação solar destrói lentamente essas fibras.
O uso do protetor solar diariamente possibilita rugas e linhas finas mais suaves ao longo do envelhecimento, ao contrário do que ocorre quando não se usa proteção solar diária.
Além disso, ele diminui o risco de câncer de pele, um dos mais comuns no Brasil. A exposição solar sem proteção pode levar ao desenvolvimento da doença.
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Referências:
LOPES, Pamela. Proteção solar: o papel da vitamina D. 2014.
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