Pesquisando sobre tratamento cutâneo, é comum se deparar com o chamado efeito rebote. Esse tema gera muitas dúvidas, o que pode causar a falta de informação ou até a divulgação de informações erradas.
Por isso, é fundamental entender o que é o efeito rebote e como ele age em relação à pele. Saiba tudo sobre essa condição e aprenda o que fazer quando os sinais começarem a aparecer.
O que é o efeito rebote?
O significado de efeito rebote pode gerar confusão. “O termo é usado quando um determinado problema volta de forma mais intensa após um período de melhora”, esclarece o Dr. Luiz Romancini, médico pós-graduado em dermatologia.
Basicamente, isso significa que qualquer pessoa pode sofrer com o efeito rebote. No entanto, existem algumas doenças mais propensas a isso, mesmo com o tratamento constante, enquanto outras podem aparentar o efeito, mas ele não ocorre na verdade.
Por isso, é muito importante fazer um acompanhamento regular com um médico dermatologista de sua confiança, para ele indicar o que está acontecendo com a sua pele. Assim, o tratamento ideal pode ser modificado conforme a necessidade ou encerrado e transformado em uma alternativa.
O efeito rebote e a acne
É muito comum ouvir que uma pessoa com acne já teve um efeito rebote na pele. A questão é que, por vezes, essa condição não é verdadeira: a pele oleosa pode enganar quem a vê, por isso é um tema bem controverso.
Dr. Luiz explica: “via de regra, a produção e a secreção de sebo pelas glândulas sebáceas são constantes. O uso de produtos secativos e adstringentes, assim como a higiene excessiva da pele, como lavar o rosto várias vezes por dia, podem predispor a irritação, o ressecamento e até a piora da acne”.
Porém, isso não é o efeito rebote, visto que a quantidade de sebo produzida não é afetada. A pele apenas fica ainda mais sensível devido ao uso desses produtos, o que pode causar a ilusão de que o quadro piorou por causa dos efeitos deles sobre a oleosidade.
“Esses produtos são capazes de remover a oleosidade instantânea e momentaneamente, mas não influenciam a produção de oleosidade pela pele”, completa Dr. Luiz.
“Apenas tratamentos a médio e longo prazo conseguem reduzir e normalizar essa produção de sebo”, afirma Dr. Luiz. Por isso, esse “susto” no início de um tratamento antiacne é só uma fase de adaptação da pele. Se esse problema persistir, é melhor conversar com seu dermatologista.
Quando ele realmente acontece?
Agora que você sabe o que é efeito rebote, fica mais fácil de assimilar os sinais desse quadro. Normalmente, ele aparece no rosto quando há um tratamento ativo contra manchas, incluindo o melasma. A doença pode parecer estar revertendo e trazendo a pigmentação natural da pele, mas não é bem assim.
O que acontece é que, um tempo depois, as manchas começam a aparecer novamente e podem estar espalhadas por mais partes do rosto. “Isso ocorre porque a pele tratada está mais sensível a agressões externas, como a radiação UV, a luz visível, o calor e a poluição”, explica Dr. Luiz.
Com o uso de ácidos, a camada córnea (barreira mecânica de proteção) da pele fica mais fina, deixando-a mais sensível. “Quando submetida a tratamentos com ácidos, essa proteção natural encontra-se reduzida”, Dr. Luiz desenvolve.
Nesse caso, o próprio tratamento faz o quadro melhorar e, em seguida, piorar, por pressionar o limiar de sensibilidade cutânea. Por isso, é tão importante utilizar produtos na concentração correta, não misturar muitos ativos na hora de começar um tratamento e utilizar filtro solar sempre.
O efeito rebote e o melasma
A respeito da comum ocorrência do efeito rebote durante o tratamento do melasma, o Dr. Luiz reforça a característica crônica da doença: “terá períodos de melhora e piora. Muitas vezes, a piora e o efeito rebote dependem de fatores que não estão sob nosso controle”.
O clima muito quente ou a hipersensibilidade a algum produto novo são alguns desses fatores. Mesmo usando FPS, nenhuma solução é 100% eficaz contra a radiação solar nociva, e isso pode causar uma reação negativa na pele. Além disso, o melasma pode ser reativado pelo calor, poluição e por agentes irritantes à pele.
Inclusive, mesmo que o sol entre em contato com uma parte do corpo que não sofre com o melasma, ele ainda pode intensificar as áreas afetadas. Por isso, além do filtro solar e da proteção do sol, quem tem a doença deve escolher bem os produtos que usa. “Clarear sem irritar é a máxima do tratamento do melasma”, finaliza Dr. Luiz.
É importante saber que, independente do tratamento adotado para manchas e para o melasma, a possibilidade de o rebote acontecer na maioria das pessoas é muito alta. Isso porque nem todos os mecanismos de defesa natural da pele com doença ainda foram elucidados pelos cientistas.
Então, como prevenir?
A verdade é que ninguém deseja sofrer com o efeito rebote na pele oleosa, mista, normal ou seca. Então, a melhor forma de evitá-lo é fazer um acompanhamento regular com o dermatologista e estar sempre de olho nos sinais que sua pele dá.
Além disso, alguns ativos não são recomendados para todas as peles. O uso de ácido retinoico, corticoides e hidroquinona costuma apresentar efeito rebote, então só deve ser feito com a recomendação de um profissional, por um tempo limitado, até que os resultados esperados apareçam.
“Testar dermocosméticos em áreas menores do rosto ou outras partes do corpo é uma estratégia interessante para entender sua tolerância ao produto,” aconselha Dr. Luiz. Também aposte em um item com proteção solar intensa, contra radiação UVA e UVB, luz visível, infravermelha e calor.
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