Você já deve ter lido por aí que os ácidos podem deixar a pele mais sensível ao sol, mas isso não significa que não é possível usá-los no verão.
“O famoso ácido retinoico pode causar manchas escuras na pele quando usado no verão: ele é muito mais irritativo, e a pele irritada pelo ácido retinoico, quando exposta ao sol, tende a ficar com manchas acastanhadas. A sensibilidade solar da pele também aumenta muito com seu uso”, esclarece o médico pós-graduado em dermatologia Luiz Romancini.
Os AHAs, como o mandélico e o glicólico, por outro lado, são mais seguros. Têm chances muito menores de causar problemas parecidos, tanto que são indicados para a estação mais quente do ano.
“Os AHAs são fotoestáveis, ou seja, não mudam o pH e sua potência devido à ação solar. Também têm um risco mínimo de causar hiperpigmentação. O segredo é redobrar o protetor solar, principalmente nas primeiras semanas de uso, que é quando se observam os efeitos adversos. Até que sua pele se habitue ao ácido, evite o sol e apenas se exponha com um FPS adequado”, aconselha o especialista.
Em outras palavras: o uso de produtos à base de AHAs deve ser reservado para a rotina noturna, não sendo recomendado aplicar o ácido e se expor ao sol em seguida. Mas nada impede de usar AHAs no verão, desde que respeitando a rotina de proteção solar. Ao sair no sol, esteja com filtro solar no rosto e nada mais.
“O sol já age danificando as camadas superficiais até as mais profundas da pele. Como o ácido tem um efeito esfoliativo superficial, a barreia física que bloqueia os raios UVA e UVB está ligeiramente diminuída numa pele tratada com AHAs, sobretudo no início do tratamento”, explica Luiz.
Por isso, tomando o cuidado de usar ácidos apenas à noite, removendo pela manhã e usando filtro solar, você pode usar AHAs o ano todo!
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