Os alfa-hidroxiácidos são os ácidos mais famosos do skincare, graças aos seus efeitos potentes e benéficos para a saúde da pele. E, acredite, eles vão muito além de uma boa esfoliação para o rosto.
Os AHAs, como são popularmente conhecidos, são esfoliantes químicos que promovem a renovação celular, o clareamento de manchas, tratamento da acne, melhora na aparência dos poros, aumento da produção de colágeno… enfim, cuidam da pele, deixando-a mais saudável, renovada e viçosa.
Batemos um papo com a dermatologista Mariana Niero Tasca, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), que destacou as inúmeras vantagens de incluir essas substâncias milagrosas no seu ritual de skincare.
Benefícios dos alfa-hidroxiácidos (AHAs)
Se você está iniciando os seus cuidados com o rosto, pode estar se perguntando o que é alfa-hidroxiácidos. Essas substâncias tão amadas do skincare são ácidos naturalmente encontrados em vegetais, como na cana de açúcar (ácido glicólico), em frutas cítricas (ácido cítrico), na uva (ácido tartárico), na maçã (ácido málico), nos derivados do leite fermentado (ácido lático) e nas amêndoas amargas (ácido mandélico).
A dermatologista Mariana ressalta que “a principal característica dos AHAs é renovar a pele agindo através da esfoliação química”. Explicando um pouco melhor, “esse tipo de esfoliação para o rosto ocorre sem a necessidade de grânulos e é caracterizada por diminuir a adesão entre as células mais superficiais da nossa pele”, conta.
Como consequência, entre os benefícios da esfoliação química, podemos destacar a penetração mais profunda dos ativos, hidratação e a renovação da pele (efeito peeling). “Apesar de penetrarem mais profundamente, estes esfoliantes para o rosto costumam causar menos irritação”.
Tudo depende, é claro, da sensibilidade da pele, tipo do ácido e concentração usada. O ácido glicólico, um dos AHAs mais estudados, possui a menor molécula, por isso tem um poder maior de penetração e, consequentemente, esfoliação da pele. Outros, como o mandélico e o lático, têm uma ação mais suave e gentil.
Os benefícios do uso dos AHA’s são muitos. Desde a antiguidade, os egípcios banhavam-se com leite a fim de hidratar a pele através do ácido lático, por exemplo. “Atualmente, já conhecemos mais funções dos alfa-hidroxiácidos, e sabemos que eles possuem a capacidade de estimular a produção de colágeno nas camadas mais profundas”, destaca a dermatologista.
Além disso, os AHAs são reconhecidos por:
- hidratar;
- clarear manchas;
- diminuir a aparência dos poros dilatados;
- atuar na melhora da acne;
- prevenir e amenizar rugas.
“Apesar de todos os AHAs garantirem esses benefícios, cada um possui sua principal ação. O poder esfoliante varia de acordo com o ácido, concentração e outros ativos presentes na fórmula do cosmético”, alerta. Logo, consultar um dermatologista é fundamental para entender qual tratamento com ácido oferece o que a sua pele está precisando.
Como incluir um AHA na sua rotina
Mariana diz que uma ótima sugestão para iniciar o uso dos AHA é utilizar em noites alternadas ou a cada duas noites. “Você pode aumentar a frequência conforme a adaptação. Se a sua pele é seca, aplique uma boa quantidade de hidratante facial antes ou depois de usar o AHA”, recomenda.
Evite aplicar nas pálpebras e nos cantinhos (bordas) da boca e nariz, pois “são áreas comuns de irritação”. Por último, não menos importante, lembre-se de higienizar a face pela manhã e aplicar o protetor solar adequado a cada 4 horas.
“Os AHAs mais prescritos no meu dia a dia do consultório são: ácido lático, ácido glicólico e ácido mandélico”, revela. O ácido lático tem como principal ação o alto poder de hidratação. O ácido glicólico melhora o vigor e uniformiza a textura da pele. Já o ácido mandélico é amplamente conhecido pela sua ação clareadora. “Inclusive é possível combinar os AHAs em uma única rotina de skincare para resultados otimizados”.
Contraindicações
Todo mundo pode usar? De maneira geral, sim. Os alfa-hidroxiácidos normalmente são bem toleráveis em todos os tipos de pele. Porém, a especialista alerta que eles devem ser evitados em peles sensíveis, com dermatite atópica, rosácea e alergias a esses princípios ativos. Caso você tenha alguma dessas condições, a melhor dica sempre é seguir a recomendação do seu/sua dermato.
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