Ah, o danado do estresse… A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que o estresse atinge mais de 90% da população mundial, sendo considerado um agravante global. E em tempos de pandemia, quando tudo ainda é incerteza, o problema tende a se agravar, podendo desencadear ou piorar outras doenças. É o caso da acne.
Acne e estresse?
Para explicar essa relação, é importante demarcar: corpo e mente estão diretamente ligados. “A pele pode ser considerada um órgão de comunicação e percepção visível que se liga com o sistema nervoso. Essa ligação entre o maior órgão do corpo humano com tal sistema faz com que ocorram influências entre corpo e mente”, explica o artigo A influência do estresse no aparecimento da acne, uma revisão bibliográfica proposta por três pesquisadores do Centro Universitário Claretiano.
É uma via de mão dupla. “As mensagens de comunicação entre o sistema nervoso e a pele são realizadas através de substâncias químicas, conhecidas como neuropeptídios, capazes de transmitir o código de pensamentos realizados na mente diretamente para a pele”, afirmam. “Invertendo esse sentido, a pele também envia ao cérebro mensagens através de mediadores químicos que são produzidos por suas células, transportados até o sistema nervoso central pelo sangue ou até mesmo pelos nervos, o que ocasiona os pensamentos.”
Portanto, podemos dizer que o estresse é um fator psicológico que afeta a pele, porque pode provocar alterações hormonais que promovem o aparecimento da acne ou a piora do quadro acneico. Além disso, lidar com a acne, já que a pele é um órgão extremamente exposto, como um cartão de visita, também pode causar danos emocionais.
Há tratamento?
A resposta é sim! Existem diversos tipos de tratamento com medicamentos, cosméticos, entre outras opções. Cada caso é um caso. O ideal é procurar um dermatologista de sua confiança para avaliar o seu quadro. E se você acha que o estresse pode estar agravando o seu problema, o acompanhamento com um psicólogo é fundamental.
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